quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Educação e a Importância de Gostar do que faz

Olá, Meu nome é Élida Mello, sou Pedagoga e Pós Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional.

Gostaria de registrar neste espaço, alguns assuntos que considero essenciais para o desenvolvimento humano, que se chama EDUCAÇÃO e a IMPORTÂNCIA DE GOSTAR DO QUE FAZ.

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela : para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. Para saber, para fazer ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação ? Educações. É já que pelo menos por isso sempre achamos que temos alguma coisa a dizer sobre a educação que nos invade a vida, por que não começar a pensar sobre ela com o que uns índios uma vez escreveram ?
Há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das Seis Nações. Ora, como as promessas e os símbolos da educação sempre foram muito adequados a momentos solenes como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns dos seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes responderam agradecendo e recusando. A carta acabou conhecida porque alguns anos mais tarde Benjamim Franklin adotou o costume de divulgá-la aqui e ali. Eis o trecho que nos interessa :
"... Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração.
Mas daqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa.
... Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formandos nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltaram para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.
Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão, oferecemos aos nobres senhores que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens. "
De tudo o que se discute hoje sobre a educação, algumas questões entre as mais importantes estão escritas nesta carta dos índios. Não há uma forma única de modelo de educação; a escola não é o único lugar onde acontece e talvez nem seja o melhor ; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor profissional não é o seu único praticante.

Um outro fator importante na vida, mas agora em uma outra situação que é na vida profissional deste mesmo ser, mas agora falando dele como adulto e profissional.

A importância de tentar seguir a carreira profissional, no qual sentimos que possuímos talento e prazer de fazer o que gosta... Mas nem sempre consiguimos trabalhar no que gostamos. Ora, por ter tido oportunidade, ora por não ter estudo, enfim...
Para enriquecer o texto acima, a autora Zélia Miranda, comenta que:
" Nos dias de hoje, passamos a maior parte de nossas horas produtivas trabalhando; precisamos trabalhar por dinheiro, mas também para dar algum sentido em nossas vidas: desafio, responsabilidade, possibilidade de colocar os sonhos em ação, isso é que nos faz realmente sentir que estamos vivendo de fato.
De acordo com Powers & Russel (1993), o fato de uma pessoa realizar um trabalho - do qual ela realmente goste - faz com que ela cresça e em muito contribui para a sua qualidade de vida geral. Por outro lado, um trabalho inadequado reduz de algum modo a sua qualidade de vida. Um emprego que a pessoa odeie - podendo variar de presidente de uma companhia a coletor de lixo, de balconista de lanchonete a pesquisador - a faz sentir-se má humorada, deprimida e até mesmo revoltada. Realizar um trabalho desinteressante ou desagradável esgota a energia, diminui a motivação e geralmente reduz a auto-estima. Num círculo vicioso, a pessoa passa a se descuidar pessoal e profissionalmente e a distanciar-se do circulo de pessoas que realmente faz a diferença em sua organização ou profissão. E essa pessoa gostará menos ainda de seu trabalho e se sentirá menos comprometida com ele.
Há casos de profissionais que exerciam funções de nível elevado, com todas ou quase todas as dimensões de qualidade de vida presentes e que, mesmo assim, partiram para outras profissões em busca de sua verdadeira vocação e, muitos têm sido exitosos nessa mudança. Atualmente, há uma forte tendência de os orientadores profissionais incentivarem o cliente - não só o pré-vestibulando, mas também o profissional em transição de carreira - a escolher uma profissão que realmente o agrade e tenha a ver com as suas habilidades e aptidões, com base na idéia de que assim ele terá mais facilidade de encontrar o seu espaço de atuação nesse mundo altamente mutante do trabalho, contrariando a tendência de escolha da profissão focalizada na perspectiva de retomo financeiro. Como bem coloca Edgar H. Schein, citado por Powers & Russel (1993:37):
"Sua âncora profissional é uma combinação de competências, interesses, aspirações e valores dos quais você não deve desistir, pois eles representam a sua essência. Sem conhecer sua âncora, incentivos externos podem tentá-los a aceitar situações ou trabalhos que não sejam satisfatórios e você poderá vir a experimentar sensações do tipo Isso não era realmente para mim ......"
Essas colocações reforçam a importância de se gostar do trabalho, não apenas como fator de qualidade, de, vida, mas também, de sucesso profissional. Segundo Powers & Russell (1993), gostar de um trabalho significa partilhar com ele as qualidades especiais que se possui e, em conseqüência torná-lo também especial. Entretanto, as empresas parecem ainda não perceber a importância disso, pois a maior parte dos seus esforços para melhorar a qualidade de vida no trabalho centram-se em aspectos de contexto, como ambiente de trabalho e em iniciativas que passam longe da melhoria do conteúdo das atividades laborais.
Finalmente, o fato de um determinado trabalho possuir um conteúdo altamente significativo e de se gostar demasidamente do mesmo não impede que ele seja estressante. De acordo com Powers & Russell (1993), gostar de um trabalho é fundamental, mas confundir-se com ele, ou permitir que ele o defina, é prejudicial à saúde fisica e mental do indivíduo ou, então, é indicador de problemas psicológicos que não estão sendo solucionados adequadamente. Cabe ao profissional conseguir um equilíbrio entre a sua vida pessoal e seu trabalho, o que tem sido considerado, mais recentemente, um novo conceito de sucesso na carreira".

3 comentários:

Maria Antonia disse...

Muito bem Dra. Psico pedagoga.
Agora, além de admirá-la como amiga, também gostei muito do seu BLOGGER. Parabéns te adoro...........

Mello Consultoria - Treinamento&Desenvolvimento disse...

Obrigada Mª Antonia, sua visita ao meu Blog me agradou muitíssimo..rsrrs
Bjsssssss

Veera Ellen carvalho Rabelo disse...

Pois é, Élida, gostei muito de sua tese sobre essa parte da educacção q visa o bem estar do indivíduo como um todo dentro daquilo q ele faz para subsistir, feliz. Espero q esse blogger se expanda e outros tipos de pessoas ajudem nossos jovens a se engajarem na vida do trabalho dentro do que eles escolheram, porque era isso q queriam e, portanto, produzirão com muito mais qualidade...para eles e o nosso país.